Minha gestação foi super saudável, logo no
início conheci a doula Zezé através do GAPP nascer sorrindo e comecei a fazer
yoga para gestantes com ela. As aulas de yoga foram muito bacanas, pois o
primeiro momento (que as vezes se estendia durante quase toda aula) era de
conversas e trocas entre as barrigudas futuras mães, no meu caso ainda nem
tinha barriga quando comecei a ir nas aulas. Cada uma contava como tinha sido
sua semana, o que tinha sentido de diferente, seus planos e suas angústias,
tudo orientado pela carinhosa doula Zezé.
O Pedro me acompanhou em todas as consultas
do pré-natal e sempre foi super interessado, fazendo perguntas e ajudando nas
escolhas. As primeiras consultas foram com a GO do convênio que eu ia há
bastante tempo. Ela é vaginalista, a favor do parto normal, porém cheio de
intervenções. Disse pra mim que sem anestesia ela não faria o parto, pois eu
não aguentaria. Assim, fui em busca de outros médicos.
Me consultei com a Ana Cláudia
Codesso, GO super bacana, que atente partos humanizados hospitalares. Gostei
muito das consultas e das conversas que tivemos com ela, porém ela não assiste
parto pélvico, o que me deixava um pouco insegura de ter que estar na posição
"certa" para nascer. Além disso, com todo o meu estudo prévio eu
tinha muita vontade de ter um parto domiciliar, mas tinha um pouco de receio de
assumir essa vontade. Até que tive a oportunidade de assistir o filme Parto
Orgásmico (Orgasmic Birth), um filme lindo que mostra alguns partos em lugar
diversos, no hospital, em casa de parto, no pátio de casa, na sala. Assim que
terminamos de assistir o filme eu e o Pedro ficamos conversando e cada vez mais
nos convencíamos de que o parto domiciliar era uma boa escolha e que iríamos
atrás dessa possibilidade.
Tomei coragem e marquei consulta com o
Ricardo Jones. Fomos a consulta, eu um pouco envergonhada, com misto de
admiração. Já que havia lido os livros dele, relatos de parto que foram
acompanhados por ele, quando cheguei quase pedi um autógrafo (!!!). Adoramos a
consulta, que é feita por ele e sua esposa, a Zeza, que é enfermeira obstétrica,
uma pessoa muito querida e acolhedora. Saímos do consultório com a certeza de
que seriam eles que nos acompanhariam e que seria um parto domiciliar.
Resolvemos que não contaríamos para ninguém
dos nossos planos, para não ter que ficar dando explicações. Os únicos que
sabiam eram meus pais, que apesar de ficarem um pouco receosos, sempre nos
apoiaram.
Assim foram passando as semanas, a barriga
crescendo e nós muito tranquilos com a nossa escolha. As pessoas perguntavam
onde a Cecília nasceria e nós sempre contávamos nosso plano B, que era o
hospital Divina Providência, em Porto Alegre.
Desde o início da gestação eu achei que
chegaria as 41 ou 42 semanas, pois eu nasci com 42 semanas de cesariana, sendo
que minha mãe não entrou em
TP. Com isso em mente, eu estava super tranquila e relaxada
esperando a Cecília pro meio de setembro. Eu também não tinha nenhum
"sintoma" de que o TP estaria próximo, estava cheia de energia,
barriga alta, não sentia quase nenhuma contração. Com todo esse histórico,
planejei entrar em licença maternidade quanto completasse 40 semanas, pra não
gastar muito a licença, mas ter um tempinho pra organizar algumas coisas, dar
um descansada e curtir a despedida da barriga.
Já ouvi falar muito dessas duas ... Zeza e Zezé ... Acompanhando seu relato , me sentindo "preguiçosa" por não ter me informado o suficiente para ir em busca de um PN . Parabéns por ter feito diferente ... Bjs
ResponderExcluirFabi, infelizmente, no Brasil, onde na rede particular e de convênios, 80% dos nascimentos são por cesariana, é preciso se informar muito, se empoderar muito para conseguir ter um parto normal. Acho que não dá pra se culpar por isso.... Mas se tu deseja ter mais filhos, vale a pena ir se informando, organizando e correndo atrás de equipe que atenda baseada em evidências científicas.
ExcluirÉ em SP que tu mora, né? Aí tem várias equipes que acompanham parto natural. Beijocas